Institucional

A Delegacia Sindical Sertaneja – conhecida como APLB/Feira, foi criada no dia 6 de outubro de 1988, para lutar em defesa da Educação Pública Básica das Redes Estadual e Municipais do Estado da Bahia, bem como dos interesses do profissional de educação, no que tange a sua valorização plena, ou seja, na melhoria significativa das condições de trabalho, salarial, formação e aperfeiçoamento constante. A entidade surgiu em Feira de Santana, por força de alguns professores, representando menos de uma dezena de docentes da Rede Estadual.

Numa Assembléia memorável realizada na Câmara de Vereadores, durante o turno matutino, com as galerias e o plenário da casa repletos de professores e professoras, Germano Barreto Gois, Eduardo S. P. Miranda, Quintela, Noemí e outros foram escolhidos por aclamação, como responsáveis pela implantação da futura delegacia. A partir de então, a dupla Germano e Eduardo passaram a viajar com freqüência e, com recursos própios à Salvador e cidades da microrregião de Feira de Santana. A falta de experiência, somada a liberdade político partidária dos dois, a carência profunda de recursos e a ausência de ajuda financeira da central da APLB, criaram muitas e muitas dificuldades de realização. A fé no nosso projeto, aliada a nossa determinação de construirmos um sindicato livre das amarras político-partidárias e com força suficiente de agregação da classe pela valorização do magistério nos levaram a superar as derrotas e construirmos essa incrível instituição. Para tanto, implantamos dez núcleos nos Municípios de Irará, Amélia Rodrigues, Antonio Cardoso, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe, São Gonçalo, Candeal, Ichu, Santa Bárbara e a Delegacia de Feira de Santana, com mais de oito mil profissionais da educação rede estadual filiados.

A partir de 1990, começamos adentrar na Rede Municipal de Feira de Santana e dos demais Municípios – Núcleos. Nesse aspecto realizamos uma verdadeira revolução cívica, mediante elaboração e aprovação de planos, de cargos e salários e de eleições diretas para direção escolar na Rede Municipal de Feira de Santana. Pois, a partir daí, os mestres passaram a ser regidos por normas que lhes proporcionaram 8melhorias substanciais, tanto a nível financeiro (salarial) quanto a nível de direitos sociais. O crescimento da APLB foi tão intenso que tornou-se mais difícil administrar a causa. Mais tarde, a experiência adquirida paulatinamente e a carência de recursos nos levou a passar a gestão de vários núcleos para a APLB central. Atualmente, estamos reduzidos a São Gonçalo, Conceição da Feira, Candeal, Ichu e Feira de Santana – Redes Estadual e Municipais.

Acreditamos por um lado, que esta diretoria, ainda tem muito o que fazer, e muitas vitórias a oferecer à categoria, visto que, todo esse tempo é considerado por ela apenas como aprendizagem valiosíssima adquirida pela fé, determinação, humildade, equilíbrio e seriedade. Por outro lado, que só a existência de um sindicato, exclusivamente voltado aos interesses reais da educação e da categoria pode se tornar um poderoso instrumento de luta, e consequentemente de conquista, perante um mundo que a cada dia apresenta mudanças profundas em todos os aspectos da vida, notadamente, no mundo do trabalho do servidor público, ou seja, na administração pública que sobrevive da arrecadação de setores da economia e conduz a sociedade por meio da produção de leis e normas, alterando sensivelmente a realidade do servidor.

Hoje, as maiores dificuldades que enfrentamos estão nas freqüentes mudanças que atingem a administração pública, com reflexos diretos no funcionalismo, e nas crescentes influências partidárias no sindicato, determinantes de prejuízos à causa sindical. Contudo, a luta da diretoria dessa delegacia continua.

O tempo pode ser visto como longo para quem observar ou até auxilia a causa, porém é curto para quem está verdadeiramente comprometido com ela.

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